As tramas saíram do casaquinho de inverno e agora frequentam festas descoladas. Conheça o que há de novo no mundo do tricô
Parecia
impensável que o mesmo trabalho do cardigã da vovó fosse à festa, mas
hoje, ele transita pelas ocasiões mais especiais com a maior
desenvoltura. Jacquards, lurex e modelagens que já vão programadas para a
máquina de tecelagem–produzindo peças com trabalhos de sofisticação
antes inimagináveis– fazem com que o produto final esteja pronto para
badalar pela noite com pompa e circunstância. Duvida?
A
assessora de imprensa Vivian Tiemi, que trabalha para a grife Cecília
Prado, nascida em Jacutinga (MG), afirma que uma fatia considerável das
vendas da marca vem da linha Cocktail. “A procura é enorme. Além de uma
ótima sacada, é uma maneira de sair do óbvio e inovar. Desde que bem
trabalhado, o tricô não deixa absolutamente nada a desejar quando
comparado aos vestidos longos de seda”, diz.
Eles
são mais descolados e moderninhos que os cocktail dresses tradicionais.
Segundo a estilista da Coven, marca com mais de 20 anos no ramo,
Liliane Rebehy, “ir a uma festa com um vestido de tricô já é, por si só,
extremamente moderno. Para complementar, basta fazer a escolha correta
dos acessórios e arrasar!
A
Coven se baseou no mundo dos insetos para criar uma coleção cheia de
transparências em saias longas e vestidos com modelagens extremamente
elaboradas. Modelagens essas que já são criadas no papel, antes da peça
ir para a máquina de tecelagem. O produto é assim construído desde a sua
criação, e sai pronto da máquina. “Temos peças com tempos de tecimento
e montagem altíssimos, que exigem processos extremamente minuciosos,
máquinas cada vez mais modernas e mão de obra extremamente qualificada”,
afirma a estilista da Coven, Liliane Rebehy.
Já
a GIG, grife de Gina Guerra e Patrícia Schetino, inspirou sua coleção
de verão em reis, barões e pierrôs das festas burguesas de Carnaval.
Tudo muito luxuoso e brilhante, com cara de baile, para que a roupa
tecida circule sem percalços por todas as ocasiões do dia.
Tecnologia
E
o que mudou tanto, fazendo com que o tricô tenha saído de dentro de
casa para circular fino na noite? A tecnologia, sem dúvida. “Hoje
existem vários tipos de beneficiamento para se fazer em peças de tricô:
stonewash (mesmo processo de lavagem do jeans), cardamento (aspecto de
fio penteado através do desembaraçamento das fibras), silk, sublimação,
tingimento, estamparia e diversos outros processos. Basta usar a
criatividade para explorar infinitas possibilidades”, diz Vivian Tiemi,
da Cecília Prado.
Lívia
Marassi, consultora do polo de moda de Monte Sião (MG), detecta hoje
uma tendência marcante em relação à tecnologia voltada para a moda festa
no tricô. “Podemos notar novas técnicas como as estamparias em foil que
deixam o tricô com aspecto de couro metalizado, as aplicações de
pedrarias e também os fios, que a cada estação estão mais tecnológicos,
possibilitando criar texturas e toques diferentes nas peças”, diz Lívia
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