Comercialização do artesanato será nas cidades sede, em shoppings centers, atingindo as classes A e B.
A Copa do Mundo é o segundo evento esportivo mais assistido no mundo e, a cada edição, atrai milhares e milhares de turistas para ver a bola rolar. Mas no Brasil, a proposta é ir além. O espetáculo em si é o atrativo, mas o turista que se preze deverá conhecer tudo, desde a culinária até as tradições locais.
E pensando em divulgar as belezas e potencialidades do artesanato de Alagoas, o Sebrae lançou, ainda em 2013, o edital de chamada pública do projeto Expoart. O objetivo é promover e inserir o melhor do artesanato alagoano para ser comercializado simultaneamente durante o mês do evento, em quatro cidades sede de jogos do torneio: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília.
E como agregar ainda mais valor a um artesanato que, por si só, já é rico? Simples: capacitando e investindo em design. Todos os 18 artesãos, associações e mestres artesãos alagoanos que foram contemplados pelo edital estão recebendo capacitações nas áreas de gestão, associativismo, além de consultorias para criação de marca, embalagem, melhoria de produtos, por meio da intervenção do design, entre outras. Ao todo serão 90 diferentes tipos de artesanato alagoano sendo apresentados para o Brasil e o mundo, de uma só vez.
Para a gerente da Unidade de Turismo e Economia Criativa do Sebrae Alagoas, Vanessa Fagá Rocha, o momento é de aproveitar a alta demanda existente e fazer com que a arte alagoana se espalhe pelo Brasil.
"É muito bom ver o alcance que o artesanato alagoano pode obter. Em termos de divulgação para o Estado, isso é muito positivo, pois o artesanato é destaque como produção associada ao turismo. Com as capacitações e consultorias recebidas pelos artesãos, o valor agregado ao produto irá permanecer, mesmo após a Copa do Mundo FIFA”, declara a gerente.
Os produtos de artesanato expostos foram subdivididos em cinco categorias, definidas a partir do que estabelece o Art. 4º da Portaria do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Nº29/2010, e o Termo de Referência do Artesanato do Sebrae. São eles: Arte Popular, Artesanato, Artesanato Tradicional, Artesanato de Referência Cultural e Artesanato Contemporâneo Cultural.
Para participar do Expoart, os artesãos tiveram que participar de uma avaliação documental e técnica, em que foi realizado um diagnóstico e curadoria, com o objetivo de avaliar e classificar os participantes para que, ao final do processo, o artesanato contenha elementos conceituais ou de referência de cultura regional. Com isso, o comprador deverá adquirir um produto genuíno e de qualidade.
Os locais de comercialização do artesanato nas cidades sede ainda não foram definidos, mas, o mais provável é que sejam em shoppings centers, atingindo as classes A e B.
Produção
A dona Maylda Cristina Soares, representante da Associação das Mulheres Rendeiras de Santa Rita, está participando do projeto e, segundo ela, o resultado até agora está sendo muito positivo, já que todas as mulheres associadas receberam capacitação em gestão, vendas e formação de preço.
Ela diz ainda que falta definir a logomarca do grupo e o design e cores das peças, mas que o resto já está encaminhado, inclusive, já foram definidos os tipos de peças a serem produzidos: jogos americano, echarpes e sousplat.
A expectativa de dona Maylda para a Copa do Mundo são as melhores. “Iremos vender bastante, porque vão vir muitos turistas para cá e isso será muito bom. Aqui são 18 mulheres artesãs e nós só estamos esperando a confirmação do design dos produtos para começar a produção especial para o evento”, declara.
Os bordados do filé produzidos em Santa Rita caracterizam-se como artesanato tradicional, por possuírem um conjunto de artefatos mais expressivos da cultura de um determinado grupo, representativo de suas tradições, porém incorporados à sua vida cotidiana
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