Caderno de inspirações

Eu sou do tempo em que a gente anotava tudo no papel. Lista de compras, ideias, planos, agenda semanal, nada disso era feito no telefone celular. E, embora eu seja adepta de toda e qualquer tecnologia que sirva para facilitar a vida, ainda continuo achando que não existe nada como uma boa folha de papel e um lápis para colocar a mente em ordem. Principalmente quando o assunto é criatividade. Por isso, um bom e velho caderno de inspirações pode ser uma ferramenta e tanto para quem faz manualidades.

Na verdade, na hora de se inspirar, vale a pena abusar não só de lápis e papel, mas também de cola, tesoura, recortes de revistas, pedaços de embalagens, fotos, amostras de materiais e tudo mais que ajude a transformar seus planos em algo palpável. Porque pensar em algo bacana é só o primeiro passo. Depois é preciso desenhar, escolher cores, padrões, estilo…

Se tudo isso ficar só no plano da imaginação, você corre o risco de perder o foco ou até mesmo esquecer a ideia – o que é uma pena, porque todo processo criativo é válido e merece ser aprofundado, mesmo que não vá resultar em um novo produto. Afinal, exercitar as habilidades criativas é o mesmo que estudar e pode valer tanto quanto um novo curso.

Eu sempre lembro das mulheres da minha família, que mantinham sempre um grande “estoque” de inspiração em forma de modelos. Cadernos quadriculados com desenhos pintados a mão, para bordados de ponto cruz exclusivos ou adaptados. Amostras de tricô cuidadosamente presas com alfinetes em folhas de papel dentro de uma pasta preta. Barrados de crochê “copiados” em retalhos de pano, para não esquecer um motivo diferente que aprendeu com a revista nova que a vizinha comprou. Cenas que me fazem sorrir e que podem ser recriadas hoje em dia.
Basta encontrar um caderno, uma pasta, um arquivo, um saco de retalhos e colocar as mãos e a criatividade para trabalhar.

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Beijinhos!!!